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A Crise que nos Forçou a Sermos Melhores

Coronavirus e a Crise

 

O coronavírus apareceu, pela primeira vez, na China, no final de 2019, com alguns casos isolados e não gerou muita atenção na época. Após o aumento dos casos e a queda de 30% da produção, que ocorreu no país das commodities, como soda e PVC, foi que as preocupações começaram. 

Frank Geyer Abubakir, acionista controlador e presidente do conselho da Unipar, ficou estarrecido com a dimensão daquela gripe estrangeira. 

Sabemos que em meio a grandes crises, o instinto de todo empresário é preservar a segurança financeira de sua empresa e de seus acionistas. Entretanto, dessa vez foi diferente — a responsabilidade era maior. 

Uma pandemia foi declarada no primeiro trimestre de 2020 e muitas pessoas sofreram e sofrem com a doença — seja porque perderam emprego, parente ou até mesmo a própria saúde. E assim como Frank Geyer, ninguém conseguiria sair dessa crise com o coração ileso. 

Nessa hora, para as pessoas que ocupam cargos de poder, o instinto natural de sobrevivência deu lugar a uma resposta sistêmica e, acima de tudo, solidária. Era impossível não se sensibilizar com o que estava acontecendo. 

Papel da Unipar em Meio à Crise 

A Unipar, empresa em que Frank Geyer Abubakir é acionista e presidente do conselho, está entre as maiores produtoras de cloro-soda da América Latina. Além disso, também abastece a Sabesp, com seus produtos de cloro líquido para o tratamento da água, que abastece cerca de 28 milhões de habitantes. 

Ainda, trabalham com as derivações do cloro, como a soda e o PVC, que são utilizadas para a fabricação de tubos, cabos, alumínio e outros diversos itens que são insubstituíveis na vida de qualquer brasileiro. Além do ácido clorídrico, que é fundamental na eliminação de vírus — inclusive do coronavírus

Nesse sentido, quando chegou a pandemia, a Unipar entendeu a importância de repensar sua produção para ajudar no combate ao vírus. 

Por essa razão, iniciaram o aumento da produção de seus produtos para auxiliar na crise sanitária que estava tomando conta das cidades. Por conta do isolamento social, as pessoas passariam mais tempo em casa e, com isso, também precisam de mais higiene para sua segurança. 

Em meio a todos os casos, Frank Geyer Unipar, comenta, sem orgulho nenhum, que chegou a receber sugestão para criar novas linhas de água sanitária para que aumentasse seu lucro. Felizmente, não aceitou e recebeu desta mesma pessoa um pedido de desculpas pela falta de ética e caráter. 

“Não posso fazer isto com meus clientes”, admitiu Frank Geyer, mesmo sabendo que a própria Unipar já estava fazendo doação de ácido clorídrico para cidades e regiões carentes. 

Um funcionário de Frank Geyer admitiu que estava pagando as mensalidades da escola, mesmo que seus filhos não estivessem tendo aula, porque, segundo ele, todos precisam do seu salário. 

Hoje, pode-se dizer que muitas pessoas estão passando por essa crise da melhor forma possível — sendo solidário e prestativo. Mesmo sem querer, muitas pessoas sairão melhores do que quando entraram. 

Algumas necessidades transformam o homem: para melhor ou para pior. Mas essa condição dependerá apenas dele.

 

Altruísmo

Para Frank Geyer, a primeira reação do ser humano em meio às tragédias é a de proteger a si mesmo. Entretanto, se admitirmos nossas fraquezas e interesses, é possível chegar mais próximo do sol e, assim, termos empatia suficiente para convalescer pela dor do outro. 

E isso não é ser pessimista. É ter esperança. A informação, aliada ao interesse do outro, faz toda a diferença!

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